"Não estamos prontos": alerta urgente emitido enquanto tempestade solar causa apagões globais

Cientistas emitiram um alerta urgente sobre uma tempestade solar que pode causar cortes de energia em todo o mundo e caos nas viagens. Especialistas alertaram que a humanidade não está preparada para condições climáticas espaciais extremas, pois uma tempestade solar deve atingir a Terra em um futuro próximo.
Pesquisadores conduziram um "exercício de resposta a tempestades solares" para simular o que aconteceria se uma grande tempestade geomagnética atingisse a Terra, relata o Daily Mail. Os resultados mostraram que as redes elétricas nos Estados Unidos foram interrompidas, causando apagões e interrompendo as comunicações. O exercício envolveu quatro simulações de tempestades geomagnéticas de intensidade variável, que são interrupções temporárias no campo magnético da Terra causadas por uma liberação maciça de plasma carregado da camada mais externa do Sol.
Um cenário incluiu uma "tempestade solar" forte o suficiente para causar um "apocalipse da internet", o que causou cortes de energia nos EUA, com a Costa Leste sofrendo cortes de energia que duraram semanas. Nesse cenário, não apenas a rede elétrica foi danificada, mas também ferrovias e oleodutos, o que levou a interrupções generalizadas e a um aumento acentuado nos preços do gás.
Os cientistas agora estão pedindo uma abordagem governamental para o planejamento, argumentando que isso será essencial para proteger os Estados Unidos de um desastre espacial. Isso incluiria a implantação de mais satélites para monitorar o clima espacial, expandir a coleta de dados em tempo real para melhorar os modelos de previsão e fornecer alertas mais precoces.
A NASA alerta que uma poderosa tempestade solar está se aproximando da Terra e pode transformar simulações em realidade. A iminente tempestade solar foi descrita como o resultado de uma poderosa erupção de classe X que poderia desencadear o evento simulado no exercício.
Essas, escreve o Daily Mail, são as erupções mais poderosas do Sol e frequentemente coincidem com ejeções de massa coronal, que são grandes ejeções de plasma e campos magnéticos. Nos últimos dias, o sol emitiu vários fluxos poderosos de partículas carregadas, o mais recente dos quais ocorreu em 19 de maio.
A NASA alertou que mais coisas estão por vir, dizendo que as explosões podem continuar a impactar "comunicações de rádio, redes elétricas, sinais de navegação e representar um risco para espaçonaves e astronautas".
O último exercício foi conduzido em maio de 2024 pela Força-Tarefa de Operações, Pesquisa e Mitigação do Clima Espacial (SWORM), que inclui agências dos EUA como a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) e o Departamento de Segurança Interna (DHS).
O cenário fictício ocorreu em 29 de janeiro de 2028 e envolveu uma série de poderosas erupções solares e radiação de alta energia do Sol direcionada à Terra.
As erupções solares são explosões intensas de radiação que vêm de manchas solares — áreas mais escuras e frias na superfície do Sol — e são algumas das explosões mais poderosas do Sistema Solar, explica o Daily Mail. Esses surtos podem durar de alguns minutos a várias horas.
Durante o exercício, os cientistas foram encarregados de rastrear uma região solar ativa orbitando a Terra, testando protocolos e tempos de resposta durante uma tempestade solar potencialmente catastrófica.
Durante a simulação, a atividade solar interrompeu sistemas críticos, como satélites e redes de energia nos Estados Unidos. Cientistas observaram exposição intensa à radiação de satélites, astronautas e aeronaves comerciais, bem como interrupções nas comunicações de rádio. Os participantes do experimento determinaram que o maior desafio era prever o impacto de uma ejeção de massa coronal (EMC) — uma poderosa explosão de plasma e do campo magnético do Sol.
A tecnologia atual permite que uma CME seja detectada aproximadamente 30 minutos antes de atingir a Terra, quando a orientação magnética se torna clara, tornando a preparação impossível.
O relatório recomenda investir em satélites meteorológicos espaciais avançados, usar mais sensores para monitorar a atividade solar e expandir a cooperação entre agências dos EUA, aliados internacionais e a indústria privada.
"Os esforços contínuos de preparação para o clima espacial são essenciais porque um evento extremo pode ter um impacto severo na infraestrutura crítica do nosso país e ameaçar nossa segurança nacional", diz o relatório. "Assim como nos preparamos para terremotos, furacões e ataques cibernéticos, nossa nação deve agir antes que ocorra um grande evento climático espacial."
Coincidentemente, escreve o Daily Mail, os exercícios foram realizados ao mesmo tempo que a tempestade Gannon, a mais poderosa tempestade solar a atingir a Terra em duas décadas, em 10 de maio de 2024. A tempestade desencadeou uma migração em massa de satélites, tornando temporariamente a órbita da Terra insegura, e causou quedas de energia locais e interrupções generalizadas nas comunicações de rádio e satélite. Agora, um ano depois, a NASA emitiu um alerta após uma poderosa explosão solar em 14 de maio, que foi classificada como uma erupção solar de classe X2.7, a categoria mais alta para erupções solares e ejeções de massa coronal (EMCs). O surto causou apagões de rádio na Europa, Ásia e Oriente Médio, além de alguns cortes de energia no leste dos Estados Unidos. Mas a agência espacial sugeriu que ainda há mais por vir.
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